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Pesquisadores da Embrapa resolveram aproveitar pedaços quebrados da castanha de caju — que perdem valor comercial — parar criar uma bebida. E foram além: enriqueceram a receita com probióticos, micro-organismos proveitosos para a saúde. “Percebi que o extrato de castanhas tinha um pH ideal para a manutenção dessas bactérias”, revela a engenheira de alimentos Laura Bruno, da Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza.
Durante suas análises, a profissional ainda se certificou de que as cepas de lactobacilos e bifidobactérias — tipos já comercializados — permanecem estáveis no produto por um mês. Na etapa seguinte, o sabor foi aprovado nos testes. A novidade é bacana sobretudo para quem não consome lácteos, onde os probióticos geralmente são incorporados. Para colocá-la no mercado, agora é preciso achar uma empresa interessada.
Quem são as bifidobactérias
Essa turma de probióticos, representada pela cepa animalis, foi a selecionada para compor a bebida final, que passou pelos testes sensoriais. “É o tipo mais estudado”, justifica Laura Bruno.
A melhora do trânsito intestinal é seu trunfo. Mas, assim como ocorre com qualquer probiótico, o efeito é observado com a ingestão frequente. “Essas bactérias não ficam permanentemente na microbiota”, lembra a pesquisadora.
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