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Quando a vida reprodutiva está chegando ao fim, boa parte das mulheres sente as manifestações da gangorra hormonal – afinal, os ovários estão encerrando o expediente. Cerca de 80% delas penam com ondas de calor (ou fogachos) e suor intenso. A libido cai e a vagina fica mais ressecada. E há quem sofra com insônia e até depressão. Tudo sintoma desse período chamado climatério – menopausa mesmo é só a última menstruação. Não é à toa que a ampla maioria gostaria de postergar ao máximo sua chegada.
“Tem mulheres que passam muito mal mesmo”, relata a ginecologista Mariana Maldonado, membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. Cientes disso e das repercussões da fase na saúde feminina, profissionais vêm se dedicando a encontrar formas de atrasar a menopausa ou amenizar suas consequências.
E uma pesquisa inglesa indica que a dieta pode interferir na idade em que a produção hormonal cessa. Após analisar os hábitos à mesa de 914 mulheres com idades entre 40 e 65 anos, uma equipe da Universidade de Leeds descobriu que, entre aquelas que comiam mais peixes e legumes frescos todos os dias, o fim da menstruação chegou até três anos mais tarde do que a média britânica (51 anos).
Quem manteve um cardápio rico em carboidratos simples (massa, arroz…), por sua vez, teve a menopausa antecipada em até um ano e meio.
A vantagem do primeiro grupo estaria na ingestão de ômega-3, vitaminas e outros antioxidantes, que favoreceriam o bom funcionamento das células, inclusive as dos ovários. O estudo não encerra a questão, mas reforça o conselho de manter uma alimentação balanceada – até pelos quilos extras!
“O consumo excessivo de farinha de trigo refinada e açúcar contribui com o ganho de peso, comum nesse período”, nota a endocrinologista Mariana Halla, diretora da Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento.
Alguns alimentos e nutrientes ajudam a atenuar os efeitos da menopausa
Peixes: O consumo regular de espécies oleosas como salmão, atum e sardinha está ligado a uma menopausa mais tardia.
Legumes: É para comer todo dia. E dê prioridade às versões frescas. Vale vagem, ervilha, grão-de-bico, lentilha…
Nozes e castanhas: São fontes de gorduras boas e antioxidantes, que reduzem os danos às células dos ovários.
Ovos: Têm proteína e vitaminas, como a D, que atua na absorção de cálcio e, assim, ajuda a prevenir a osteoporose.
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