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Essa conexão apareceu numa pesquisa feita com quase 7 mil americanas e dinamarquesas de 18 a 45 anos. Todas estavam tentando engravidar, sem nenhum tratamento, e responderam a um questionário sobre hábitos alimentares. Ao cruzar os dados, veio a constatação: as mulheres que relataram alto consumo de açúcar ou carboidrato simples, como massa e arroz branco, encararam uma taxa de fecundação menor do que quem ingeria mais fibras e controlava melhor a glicose no sangue.
“Em geral, a carência de fibras revela escolhas menos saudáveis à mesa, com consequente aumento de gordura corporal, e isso interfere na ovulação”, avalia Gabriela Halpern, nutricionista do Fertility — Centro de Fertilização Assistida, em São Paulo. “Com os ciclos irregulares, por sua vez, fica mais difícil engravidar.” Daí a orientação de, antes mesmo de pensar em bebês, já montar um menu com frutas, verduras, legumes e cereais integrais. “Até porque as fibras também ajudam a eliminar toxinas e a deixar o corpo todo funcionando de forma mais adequada”, nota Gabriela.
O elo perdido entre glicose, ovário policístico e fertilidade
Ganho de peso, menstruação irregular e dificuldade de engravidar compõem o perfil clássico da síndrome do ovário policístico. “A resistência à insulina decorrente da gordura abdominal eleva a glicemia e descontrola os hormônios. Com isso, os óvulos não amadurecem para a fecundação”, explica a obstetra Beatriz Carvalho, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP). Mudanças no estilo de vida e certas medicações ajudam a contornar o quadro. “Adequar dieta e atividade física leva à perda de peso e reorganiza os ciclos”, diz a médica.
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