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Sempre acompanhado pelo arroz, o feijão carioca é a mais tradicional das leguminosas no Brasil. Mas ele não é o único integrante dessa família. Há outro parente não tão famoso, porém igualmente nutritivo. Estamos falando do feijão guandu.
Também conhecido como andu, ele é encontrado com frequência em partes dos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia. Por ser facilmente cultivado nos quintais domésticos dessa região, nosso leitor Sérgio Hirata entrou em contato para pedir mais informações sobre seu valor nutricional.
De acordo com a nutricionista e professora do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Universidade de São Paulo (USP), Solange Guidolin Canniatti Brazaca, o feijão guandu é fonte de proteínas e minerais, como ferro, cálcio, magnésio e fósforo, além de carboidratos complexos.
A expert lembra que ele, como outras leguminosas, deve ser combinado com cereais, tais como arroz, milho ou trigo. Dessa maneira, o organismo aproveitará melhor a quantidade de proteínas do alimento.
Até aí, tudo muito parecido com o feijão carioca, não é mesmo? “Nutricionalmente, as leguminosas têm praticamente as mesmas substâncias”, corrobora Solange.
A nutricionista explica que, por ser produzido em menor escala, o andu via de regra é mais caro que o carioquinha, mas isso vai depender da localidade e da disponibilidade. “O feijão guandu é mais resistente à seca. Por isso, em algumas regiões é mais barato e substitui o carioca sem prejuízo nutricional”, conclui.
A boa notícia para quem cultiva o guandu em casa é que ele pode não apenas substituir o feijão carioca nas refeições – se consumido na forma seca – como ficar no lugar das ervilhas, desde que preparado quando ainda estiver verde.
Na versão seca, ele vai bem cozido ou refogado, combinado com arroz, na preparação do tradicional virado à paulista ou em saladas. Se você optar pela forma verde, também é uma boa pedida para saladas, assim como farofas, tortas e fritadas. Para quem ainda não experimentou, vale a pena!
FONTE: Solange Guidolin Canniatti Brazaca, professora do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP); Embrapa Gado de Corte e Embrapa Informação Tecnológica.
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